Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro diz que não participava de decisões
Ex-ajudante de ordens está detido desde o dia 3 de maio, acusado de ter fraudado cartões de vacinação contra a covid-19, incluindo o de Bolsonaro e parentes do ex-presidente.
Ele usou direito de não responder perguntas que possam incriminá-lo
O tenente-coronel Mauro Cid ficou em silêncio na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga os ataques golpistas de 8 de janeiro. O depoimento dele foi nesta terça-feira (11).
© Lula Marques/ Agência Brasil
Na abertura, o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que existem pelo menos oito investigações na Justiça contra ele. Por isso, usaria o direito garantido pela ministra do Supremo Tribunal Federal, Carmén Lúcia, de não responder perguntas que possam incriminá-lo.
Depois, a relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama, do PSD do Maranhão, começou o interrogatório com perguntas sobre a inserção de dados falsos no cartão de vacina dele e de familiares. O militar, no entanto, ficou em silêncio.
E essa resposta foi repetida várias outras vezes. Mauro Cid foi questionado sobre o cartão de vacina de Bolsonaro; pagamentos em dinheiro vivo a familiares do ex-presidente; diálogos de teor golpista no celular dele; e visitas ao militar na prisão do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e do ex-secretário de Comunicação Fábio Wajngarten. Em todas, o militar preferiu o silêncio.
Antes da oitiva, os parlamentares, após forte discussão, aprovaram em bloco requerimentos de quebras de sigilos e compartilhamento de documentos. Pelo acordo dos parlamentares, novas convocações não foram votadas.
Agência Brasil / Por Gabriel Brum - Repórter da Rádio Nacional - Brasília / Edição: Paula Castro/ Renata Batista - 11/07/2023 13:40:31. Última edição: 11/07/2023 13:40:31
Tags: CPMI 8 De Janeiro Mauro Cid
Ex-ajudante de ordens está detido desde o dia 3 de maio, acusado de ter fraudado cartões de vacinação contra a covid-19, incluindo o de Bolsonaro e parentes do ex-presidente.
O parlamentar foi acusado pela Polícia Federal de incitar os atos golpistas de 8 de janeiro por meio de publicações nas redes sociais.
Para serem aprovados em definitivo, ambos precisam obter ao menos 41 votos entre os 81 senadores. Sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado durou mais de 10 horas.
Projeto de lei de autoria do ex-juiz apresentado em 2009 defende permanência de 11 anos dos ministros da Suprema Corte.