Governo lança Plano Safra de R$ 364,22 bilhões para agronegócio
Valor, 26,8% maior que no plano anterior, vai apoiar grandes produtores rurais e aqueles enquadrados no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural.
Para relatora, é cedo para descartar ou comprovar envolvimento
Os deputados e senadores da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro debateram nesta terça-feira (27) a possível relação do ex-presidente Jair Bolsonaro com as mensagens trocadas entre o então ajudante de ordens da presidência da República, o tenente-coronel Mauro Cid, e o coronel do Exército da ativa Jean Lawand Júnior, ouvido hoje pela comissão.
© Lula Marques/ Agência Brasil
Para os parlamentares que formavam a base do governo Bolsonaro, as mensagens trocadas entre os militares isentam o ex-presidente de responsabilidade. O deputado Aluísio Mendes (Republicanos-MA) opinou que a tentativa do coronel Lawand de inflar parcela de oficiais das Forças Armadas para um golpe não teve aceitação do ex-presidente.
“Em nenhum momento se identifica qualquer mensagem dele [Bolsonaro] ou qualquer sinalização dele que compactuasse com o desejo do senhor [Lawand], no sentido de que as Forças Armadas agissem contra o resultado da eleição, nem de parte do Alto-Comando do Exército Brasileiro. Então, isso fica claro”, argumentou o deputado maranhense.
Tal versão foi rebatida pelo deputado federal Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ). O parlamentar fluminense argumentou que, caso o ex-presidente fosse contrário à tentativa do coronel Lawand, Mauro Cid teria rejeitado as investidas do militar e repudiado os pedidos para dar a ordem de um possível golpe.
“Gente, uma pessoa próxima ao Presidente [Mauro Cid] não rejeitou tal hipótese. Aliás, depois ele vai dizer: ‘Passo a passo, tem coisa acontecendo’, ‘Estamos na luta’, ‘General Heleno esteve aqui’. Em nenhum momento, Mauro Cid rejeitou a tese dizendo: ‘Olha que absurdo! Bolsonaro jamais cogitaria desrespeitar o resultado eleitoral!’. Eu estou vendo aqui indícios evidentes de consciência, ciência, participação e responsabilidade de Bolsonaro”, opinou o parlamentar fluminense.
A relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), opinou que as provas encontradas no celular do Mauro Cid comprovam a participação de parte dos militares em uma conspiração golpista, mas que ainda é cedo para conhecer a extensão dessa articulação contra o resultado das eleições.
“Como as provas são muito robustas, é claro que essas pessoas que estão ligadas ao ex-presidente já se antecipam para eximi-lo de qualquer responsabilidade. Agora, a CPI tem um critério de responsabilidade grande. A gente não pode nesse momento nem eximi-lo nem já partir da premissa de indiciar. Isso aí o que vai dizer são as próximas informações que chegarão de fato à comissão”, opinou a senadora.
Para avançar na investigação, Eliziane defendeu que a CPMI aprove, na próxima semana, a quebra dos sigilos telefônicos e telemáticos do tenente-coronel Mauro Cid, do coronel Jean Lawand Júnior, além do coronel da Polícia Militar do Distrito Federal, Jorge Eduardo Naime e de Anderson Torres, ex-secretário de segurança do Distrito Federal e ex-ministro de Justiça do governo Bolsonaro.
Por Lucas Pordeus León – Repórter da Agência Brasil - Brasília / Edição: Denise Griesinger - 27/06/2023 15:10:12. Última edição: 27/06/2023 15:10:12
Tags: Jean Lawand Júnior CPMI Do Golpe Eliziane Gama Mauro Cid CPMI Dos Atos De 8 De Janeiro
Valor, 26,8% maior que no plano anterior, vai apoiar grandes produtores rurais e aqueles enquadrados no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural.
O coronel foi convocado como testemunha após aparecer em troca de mensagens de Whatsapp com o ex-ajudante de ordens da Presidência da República, o tenente-coronel Mauro Cesar Cid. Na conversa, defendiam uma intervenção militar após as eleições de 2022.
Para serem aprovados em definitivo, ambos precisam obter ao menos 41 votos entre os 81 senadores. Sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado durou mais de 10 horas.
Projeto de lei de autoria do ex-juiz apresentado em 2009 defende permanência de 11 anos dos ministros da Suprema Corte.