Câmara formaliza decisão do TSE e declara perda de mandato de Deltan
TSE cassou mandato de Deltan Dallagnol por entender ele pediu exoneração do cargo de procurador da República enquanto tramitavam processos que poderiam torna-lo inelegível.
O crime teria sido cometido em 2012, com o recebimento de R$ 106 mil
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal rejeitou nesta terça-feira a denúncia contra o presidente da Câmara, Arthur Lira, por suposta corrupção passiva. A decisão foi unânime.
Os cinco ministros julgaram um recurso do deputado contra uma decisão anterior do Supremo que aceitava parcialmente uma acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR).
De acordo com a PGR, Arthur Lira teria cometido o crime de corrupção passiva quando aceitou receber R$ 106 mil como propina, em 2012.
Segundo a acusação, um dos assessores do parlamentar foi flagrado em São Paulo tentando embarcar para Brasília com a quantia.
O valor teria sido pago pelo então presidente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos, Francisco Colombo, para conseguir apoio político e permanecer no cargo.
Em 2019, o STF aceitou a denúncia. E Lira recorreu.
No julgamento do recurso nesta terça-feira, o relator do caso, ministro André Mendonça, rejeitou a denúncia contra Lira por corrupção passiva, apontando o surgimento de novos fatos, a partir de 2019.
Um deles, a mudança de entendimento da própria PGR, que passou a defender o arquivamento do caso.
Acompanharam o entendimento do relator os ministros Dias Tóffoli, Alexandre de Moraes, Luiz Fux e Luís Roberto Barroso.
Em nota, o advogado de Lira afirmou que o arquivamento da denúncia contra o presidente da Câmara dos Deputados revela a fragilidade das delações de Alberto Youssef e a inconsistência das acusações.
Agência Brasil / Por Oussama El Ghaouri - repórter da Rádio Nacional - Brasília / Edição: Jacson Segundo / Beatriz Albuquerque - 06/06/2023 19:35:11. Última edição: 06/06/2023 19:35:11
Tags: Arthur Lira
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