Saúde

Covid: 10% de entrevistados por pesquisa não vai tomar dose de reforço

É o que revela a pesquisa “Confiança na Ciência no Brasil em Tempos de Pandemia”, feita pela Fiocruz. Situação gera séria preocupação para especialistas em saúde.

Mais de 250 pessoas declararam que não pretendem tomar doses de reforço da vacina contra a covid-19, e quase 170 com filhos, ou menores sob sua responsabilidade, declararam que não têm a intenção de vaciná-los.

É o que revela a pesquisa Confiança na Ciência no Brasil em Tempos de Pandemia, conduzida pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Comunicação Pública da Ciência e da Tecnologia da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). No total, foram entrevistadas 2.069 pessoas com 16 anos ou mais, entre agosto e outubro deste ano. 

Para o professor e pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais, Yurij Castelfranchi, um dos coordenadores do estudo, esses números, apesar de não representarem uma maioria, são preocupantes.

Além disso, 3,5% dos entrevistados afirmaram que a ciência não traz nenhum benefício para a humanidade, 46,4% concordam que as vacinas produzem efeitos colaterais que são um risco, 40% apontaram desconfiança em relação às empresas farmacêuticas, que, para eles, escondem os perigos das vacinas, e 46,7% disseram que houve informações falsas sobre a vacina contra a Covid-19. A margem de erro é de 2,2%.

Mas a maioria dos entrevistados, 68,9%, declarou confiar ou confiar muito na ciência. O resultado não é considerado baixo, mas é menor do que indicam pesquisas recentes, como o Índice do Estado da Ciência, que apontou um percentual de 90% na afirmação “eu confio na ciência”.

A pesquisa também aponta que as vacinas são consideradas importantes para proteger a saúde pública por 86,7% dos entrevistados, além de ser percebidas como seguras por 75,7% e necessárias por 69,6%.

O estudo mostrou ainda que os cientistas estão entre as fontes de informação que mais inspiram confiança nos brasileiros e brasileiras. Dentre uma lista de profissionais previamente fornecida, as escolhas mais frequentes de fontes confiáveis de informação foram médicos (60,1%), cientistas (47,3%) e jornalistas (36,4%).

Agência Brasil / Por Carolina Pessoa - Repórter da Rádio Nacional - Rio de Janeiro / Edição: Raquel Mariano / Guilherme Strozi - 15/12/2022 12:07:18. Última edição: 15/12/2022 12:07:18

Tags: Covid Vacina Ciência Fiocruz

Leia também:

Brasil registra uma morte por covid-19 por dia entre crianças

Entre 1° de janeiro e 11 de outubro de 2022, foram registradas 314 mortes de crianças de seis meses a cinco anos. Os números analisados incluem óbitos em que a covid foi a causa básica e também aqueles em que a doença estava entre as causas associadas.

Brasil registra 54.493 novos casos de covid-19 em 24 horas

São Paulo lidera o número de casos, com 6,24 milhões, seguido por Minas Gerais (3,98 milhões) e Paraná (2,81 milhões). Acre registra menor número de casos (156,5 mil).

Fiocruz lança cartilha e campanha de saúde em favela 

Fiocruz lança cartilha e campanha de saúde em favela 

Publicação marca início de uma companha de enfrentamento ao racismo em favelas e unidades clínicas dentro das comunidades, no Rio. As primeiras são Vila Cruzeiro, Jacarezinho, Vila Kennedy e Mangueirinha.

São Paulo tem mutirão de ablação para combate de tumores

São Paulo tem mutirão de ablação para combate de tumores

A ablação para combate aos tumores funciona da seguinte forma: durante o procedimento, uma agulha ou sonda é inserida no local onde há o tumor, e com o uso de ondas de radiofrequência, as células cancerígenas são destruídas de forma precisa.

Este site usa cookies para fornecer serviços e analisar o tráfego. Saiba mais. Ok, entendi