Saúde

Demora em registar caso de malária nos Yanomami dificulta tratamento

Prazo para registro de casos de malária entre os Yanomami no sistema do Ministério da Saúde pode levar mais de três meses. E essa situação dificulta a vigilância, a resposta imediata e o controle de agravos.

O prazo para registro de casos de malária entre os Yanomami no sistema do Ministério da Saúde pode levar mais de três meses. E essa situação dificulta a vigilância, a resposta imediata e o controle de agravos. A conclusão é de um relatório do Ministério da Saúde sobre a situação no território indígena.

Os dados preliminares de 2022 mostram 11 mil e 600 casos de malária entre os Yanomami, sendo um terço entre crianças de até 9 anos. Nos quatro anos anteriores, os registros aumentaram de cerca de 10 mil diagnósticos em 2018 para mais de 20 mil em 2021. 

Uma pesquisa da Fiocruz e da Universidade Federal de Roraima constatou que a presença de garimpeiros aumentou os casos de malárias nas terras indígenas no estado em dez anos com o pico em 2020. 

A pesquisadora da Fiocruz, Maria de Fátima Ferreira da Cruz, que fez parte do estudo, diz que as alterações no ambiente e o deslocamento dos garimpeiros estimulam a transmissão. Além disso, eles não fazem o tratamento correto, só controlam sintomas com remédios de origem duvidosa.

O relatório sobre os Yanomami ainda apontou que os locais com mais casos de malária não têm qualquer atividade de testagem e tratamento, o que leva a um longo período de infecção e enfermidade. 

Agência Brasil / Por Gabriel Brum - Repórter da Rádio Nacional - Brasília / Edição: Nádia Faggiani / Guilherme Strozi - 10/02/2023 16:45:16. Última edição: 10/02/2023 16:45:16

Tags: Yanomami Malária

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