Exames descartam caso de gripe aviária no litoral norte do Rio

Exames de laboratório descartaram a ocorrência de gripe aviária em moradores de São João da Barra, no litoral norte do estado do Rio de Janeiro, que tiveram contato com uma ave silvestre contaminada pelo vírus H5N1 naquele município. 

A análise das amostras de sangue de quatro pessoas foi feita pela Fundação Oswaldo Cruz, e os resultados foram entregues no final da tarde dessa terça-feira (23). 

Até o momento, o Rio de Janeiro tem um caso de ave silvestre identificada com o vírus; e, segundo o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento, Doutor Flávio, não há suspeita de contaminação em aves domésticas e nem em áreas de produção comercial ou de subsistência. Ele ressaltou que a doença não é transmitida pelo consumo de carnes ou ovos. 

O secretário enfatizou, ainda, que os criadores de aves de corte ou postura devem cumprir, obrigatoriamente as medidas de biosseguridade em suas granjas, conforme determina a legislação. 

"Primeiro: proibir terminantemente qualquer tipo de visita às unidades de produção. Segundo: estar com telamento adequado. Terceiro: cercar o galpão. Quarto: desinfecctar veículos que acessem a granja através de arcos de desinfecção ou bomba de aspersão. Quinto: uso de roupas e calçados exclusivos ao acesso à granja. Sexto: desinfetar materiais que acessem a granja. Sétimo: manter pedilúvio no acesso (...) aos galpões e, oitavo, manter o portão de acesso à propriedade fechado, entre outros cuidados".

Para a população, doutor Flávio alerta que deve ser evitado o contato direto com aves caídas, mortas ou não, domésticas, silvestres/exóticas e silvestres migratórias, e mamíferos aquáticos de qualquer espécie.  

Já para os profissionais das unidades de saúde, a orientação é que sigam atentos, durante a triagem e o atendimento médico, a casos de síndrome gripal em pacientes que tiveram contato com animais silvestres.  

O Ministério da Agricultura decretou, na segunda-feira (22), emergência zoosanitária em todo o território nacional. A medida é para evitar que a doença chegue à produção de aves de subsistência e comercial, além de preservar a fauna e a saúde humana.