Território indígena vive uma situação de emergência, com milhares de crianças e idosos em situação de desnutrição severa, além de muitos casos de adoecimento, infecção por malária e contaminação por mercúrio.
A Fundação Oswaldo Cruz vai participar da missão assistencial ao povo Yanomami que está sendo coordenada pelo Governo Federal.
O território indígena vive uma situação de emergência de saúde, com milhares de crianças e idosos em situação de desnutrição severa, além de muitos casos de adoecimento, infecção por malária e contaminação por mercúrio.
Os problemas que afetam os yanomamis se agravaram com o avanço de garimpeiros ilegais sobre suas terras nos últimos anos e o enfraquecimento das políticas de assistência, de acordo com o governo.
O Ministério dos Povos Indígenas estima que apenas no ano passado 99 crianças menores de 4 anos morreram de causas evitáveis no território yanomami, que é a maior reserva indígena do país e fica no estado de Roraima, na fronteira com a Venezuela.
O conselho deliberativo da fundação se reuniu nesta terça-feira (24) para alinhas as ações institucionais. Mas o presidente da Fiocruz, Mario Moreira, já havia adiantado que é possível contribuir com ações tanto emergenciais, quanto estruturantes nas áreas de diagnóstico laboratorial, vigilância ambiental e em saúde e suporte logístico. Ele reforçou também que a Fiocruz dará contribuições imediatas, com todos os ativos científicos e tecnológicos. A instituição é a principal referência do Brasil em emergências sanitárias e de saúde, e era presidida até o ano passado pela atual Ministra da Saúde, Nísia Trindade.
Neste momento, pelo menos um profissional da Fiocruz já atua na região: o infectologista André Siqueira, pesquisador do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, que faz parte da comitiva da Organização Pan-Americana da Saúde.
O instituto da Fiocruz já realiza estudos sobre a malária em Roraima. Grupos da sociedade civil também estão organizando ações assistenciais. A ong ação da cidadania já arrecadou 50 toneladas de alimentos e 17 delas serão levadas para o território yanomami ainda esta semana.
Quem quiser fazer doações pode enviar quantias em dinheiro para a chave PIX "[email protected]" ou pelo site www.acaodacidadania.org.br
Agência Brasil / Por Tâmara Freire - Repórter da Rádio Nacional - Rio de Janeiro / Edição: Raquel Mariano / Guilherme Strozi - 24/01/2023 16:30:24. Última edição: 24/01/2023 16:30:24