Mal de vaca louca no país é atípica e exportações podem ser retomadas

O exame sobre o caso de mal da vaca louca no Pará confirmou que a infecção é mesmo considerada atípica, como previa a avaliação técnica do Ministério da Agricultura e Pecuária. O teste foi realizado em um laboratório de referência no Canadá e divulgado na noite dessa quinta-feira (02).

De acordo com o Ministério, o aparecimento desse caso não traz prejuízos à qualidade da carne bovina produzida no Brasil, por se tratar de um episódio isolado.

A infecção atípica acontece quando o bovino adoece de forma espontânea e não por contaminação da ração. O Brasil nunca registrou um caso típico da doença, que é o mais grave.

As exportações da carne bovina brasileira para China, nosso principal comprador, foram suspensas assim que o animal adoeceu, no dia 22 de fevereiro.  O bovino, de 9 anos, que vivia em uma fazenda em Marabá, no Pará, foi sacrificado e a carcaça incinerada. 

Tailândia, Irã e Jordânia também deixaram de comprar a carne brasileira, temporariamente, após o caso da doença.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, já comunicou oficialmente à OMSA - Organização Mundial de Saúde Animal e às autoridades chinesas sobre o resultado do exame e uma reunião virtual com o governo chinês deve ser marcada em breve para tratar do retorno da exportação da carne bovina ao país.

Ainda de acordo como o Ministério, o Brasil está adotando imediatamente os protocolos sanitários, para que as exportações da carne bovina brasileira sejam restabelecidas o mais breve possível.