A saúde dos povos indígenas é prioridade em todo o planeta. A Organização Mundial da Saúde (OMS) vai criar um plano global, a partir de uma proposta feita pelo Brasil, no sábado, e aprovada por unanimidade, nesta segunda-feira (29), pelos países que participam da Assembleia Mundial da Saúde, de número 76, na Suíça.
A estratégia mundial vai permitir, ainda, a troca de experiências sobre o tema entre as nações que assinarem o plano global voluntariamente. O secretário de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Ricardo Weibe Tapeba, está em Genebra e destacou que o Brasil poderá contribuir com o mundo a partir de experiências já em curso no Sistema Único de Saúde (SUS). Mas o secretário da Sesai faz um ressalva. É importante incluir os povos indígenas na discussão.
A resolução pioneira votada nesta segunda-feira foi apresentada pelo Brasil ainda no sábado. O texto contou com apoio de outros 13 países, entre eles, Austrália, Bolívia, Colômbia e Estados Unidos, além da União Europeia.
Pela resolução aprovada, os países signatários devem, entre outras medidas, conhecer a situação da saúde nos territórios indígenas por meio da coleta dados, identificar necessidades para acesso à saúde física e mental; e reduzir desigualdades de gênero, social, cultural e barreiras geográficas de acesso a serviços de saúde de qualidade, prestados em terras indígenas.
O secretário de Saúde Indígena, Weibe Tapeba, ressaltou a importância de cuidar da saúde deste público.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), existem mais de 476 milhões de indígenas espalhados em cerca de 90 países em todo o mundo, representando pouco mais de 6% da população global. Porém, a ONU destaca que 19% dessas pessoas são extremamente pobres. Além disso, as populações indígenas também têm uma expectativa de vida até 20 anos menor que os não indígenas, em todo o mundo.
Agência Brasil / Por Daniella Almeida - Repórter da Rádio Nacional - Brasília / Edição: Pedro Lacerda - 29/05/2023 18:45:15. Última edição: 29/05/2023 18:45:15