Tratamento promissor contra câncer é estudado pelo SUS
Nessa terapia, já adotada nos Estados Unidos e em outros países, células T do paciente são alteradas em laboratório para reconhecer e atacar células cancerígenas ou tumorais.
Remissão da doença ocorreu com apenas um mês de tratamento
Totalmente curado do câncer. Esse foi o resultado do laudo recebido por Paulo Peregrino, de 61 anos, que teve alta hospitalar no último domingo (28), no Hospital das Clínicas de São Paulo. Ele lutava contra o câncer havia 13 anos e estava prestes a receber cuidados paliativos, aqueles em que o paciente recebe medicamentos para sofrer menos, quando não há mais chance de cura. Mas, em abril, Paulo foi submetido a um tratamento e, depois de apenas um mês, não havia mais sinais do tumor no organismo dele.
Paulo é um dos 14 pacientes brasileiros submetidos um tratamento inovador, realizado pela Universidade de São Paulo (USP), em parceria com o Instituto Butantã.
Trata-se da terapia celular CAR-T Cell, que utiliza células do sistema imunológico do paciente, responsáveis por combater células infectadas. No tratamento, as células de defesa são retiradas do organismo, ativadas e depois reinseridas no paciente, onde voltam com mais força para eliminar as células do tumor. O processo todo dura em torno de 60 dias.
Por enquanto, esse método obteve bons resultados, mas ainda não é utilizado para todos os tipos de cânceres. O coordenador do Centro de Terapia Celular da USP, Dimas Covas, comenta.
O próximo passo é a criação de duas unidades de terapia celular: uma em Ribeirão Preto e outra em São Paulo – e assim, conseguir atender até 300 pacientes por ano. Fora do Brasil, o tratamento custa cerca de R$ 1 milhão por paciente, cerca de R$ 5 milhões.
O tratamento de Paulo Peregrino e os outros pacientes brasileiros foi possível com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
O tratamento Car-T Cell surgiu nos Estados Unidos, em 2010, e é aplicado experimentalmente em pacientes de câncer terminal. Com os resultados positivos, a FDA, agência regulatória norte-americana, aprovou a terapia em 2017. No ano seguinte, os descobridores James P. Allison e Tasuku Honjo receberam o prêmio Nobel de Medicina.
Agência Brasil / Por Leandro Martins - Repórter da Rádio Nacional - São Paulo Atualizado em 30/05/2023 - 18:51 / Edição: Paula de Castro / Pedro Lacerda - 30/05/2023 19:00:31. Última edição: 30/05/2023 19:00:31
Tags: Câncer Tratamento Inovador Cura São Paulo
Nessa terapia, já adotada nos Estados Unidos e em outros países, células T do paciente são alteradas em laboratório para reconhecer e atacar células cancerígenas ou tumorais.
"A vacinação é um gesto de cuidado, proteção e a melhor forma de prevenção contra as doenças”, destaca o secretário municipal da Saúde, Luiz Carlos Zamarco.
Publicação marca início de uma companha de enfrentamento ao racismo em favelas e unidades clínicas dentro das comunidades, no Rio. As primeiras são Vila Cruzeiro, Jacarezinho, Vila Kennedy e Mangueirinha.
A ablação para combate aos tumores funciona da seguinte forma: durante o procedimento, uma agulha ou sonda é inserida no local onde há o tumor, e com o uso de ondas de radiofrequência, as células cancerígenas são destruídas de forma precisa.