PNI 50 anos: as fake news do movimento antivacina

A dúvida do Alan Santos também preocupa muitos outros pais pelo Brasil. Mas o único efeito importante da vacina tríplice viral é a proteção das crianças contra o sarampo, a rubéola e a caxumba, doenças que podem deixar sequelas graves e até matar.

A associação entre as vacinas e o autismo é uma das primeiras fake news divulgadas pelo movimento antivacina e já foi desmentida por muitas pesquisas, incluindo uma que acompanhou mais de 650 mil crianças. Ainda assim, essa mentira continua circulando e espalhando hesitação. A diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações, Isabela Ballalai explica que qualquer fármaco pode ter efeitos adversos, mas eles são raríssimos no caso das vacinas. Além disso, os riscos que as doenças trazem são sempre muito superiores.

O movimento antivacinista ganhou mais força no Brasil durante a pandemia de covid-19, quando até mesmo autoridades, como o ex-presidente Jair Bolsonaro, espalharam mentiras sobre a vacina. A também diretora da SBim, Melissa Palmieri, defende uma atuação ostensiva contra a desinformação.

E as redes sociais entregaram um megafone nas mãos dos mentirosos. De acordo com levantamento do Laboratório de Estudos de Internet e Mídias Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro, quando o Movimento Nacional pela Vacinação foi lançado, houve uma ação coordenada e pelo menos 36 mil perfis replicaram mais de 100 mil publicações com conteúdo antivacina. Mas de acordo com o coordenador do Programa Nacional de Imunizações, Eder Gatti, essa movimentação já esta sendo monitorada pelo governo federal.

O Carlos Henrique já sabe o que fazer quando ouvir alguma informação alarmante sobre vacinas.

Além do Ministério da Saúde, outras instituições confiáveis sobre vacinas são a Fiocruz, no site, e a própria Sociedade Brasileira de Imunizações no endereço familia.sbim.org.br .