Os dados são do Dossiê Mulher, do ISP, Instituto de Segurança Pública, apresentado nesta terça-feira (31). A novidade desta edição é a inclusão de faixas etárias dos autores de violência.
No estado mais feminino do país, onde a população de mulheres ultrapassa os 52%, elas ainda são vítimas dos mais diversos tipos de crimes. Em 2022, mais de 125 mil mulheres sofreram violência doméstica e familiar no estado do Rio de Janeiro. A cada 24 horas, foram feitas 344 novas vítimas.
Os dados são do Dossiê Mulher, do ISP, Instituto de Segurança Pública, apresentado nesta terça-feira (31). A novidade desta edição é a inclusão de faixas etárias dos autores de violência.
Mais da metade dos agressores tinha entre 30 e 59 anos. Entre os jovens de 18 a 29 anos, a violência física foi a mais cometida, com 42,1% dos casos. Sobre o perfil, 82%, era composto por homens com vínculo afetivo com a vítima, como namorado, marido ou companheiro. A ameaça foi o crime mais registrado. E mais da metade dos casos ocorreu em uma residência: 54%. Entre as mulheres com mais de 60 anos, em 15,8% dos casos as agressões partiram de seus próprios filhos.
Dados do Instituto de Segurança Pública revelam que 111 mulheres foram vítimas de feminicídio no estado do Rio de Janeiro no ano passado. Destas, 60% eram negras, com idade entre 30 e 59 anos. Dois terços eram mães. Mais da metade dessas vítimas já havia sofrido alguma forma de violência. Em 17 casos, os filhos presenciaram os assassinatos. A secretária estadual da mulher, Heloísa Aguiar, enumera os canais nos quais se pode obter ajuda.
Os motivos mais alegados por 75% dos agressores foram sentimento de posse, briga, inconformismo com o término do relacionamento e desconfiança de traição.
Agência Brasil / Por Tatiana Alves - Repórter Rádio Nacional - Brasília / Edição: Roberta Brito / Alessandra Esteves - 31/10/2023 20:05:13. Última edição: 31/10/2023 20:05:13