Em velório de torcedora, avô pede fim da violência entre torcidas

Foi velado nesta terça-feira (11), em Embu das Artes, na região metropolitana de São Paulo, o corpo da torcedora do Palmeiras, Gabriela Anelli.

Ela morreu em consequência de ferimento, depois de ser atingida no pescoço por uma garrafa de vidro, durante uma confusão entre torcedores do clube paulista e do Flamengo, na área externa do estádio do Palmeiras. Ela aguardava para entrar na arena, quando aconteceu uma briga entre torcedores do clube e do Flamengo, que se enfrentaram no sábado. A jovem foi socorrida e levada de ambulância ao Hospital da Santa Casa, e operada, mas morreu depois de duas paradas cardíacas.

No velório, familiares, amigos e torcedores do Palmeiras prestaram homenagens. O avô da Gabriela, Ikenéri dos Santos, soube da situação quando a neta já estava hospitalizada. Ele conta que Gabriela lutou contra problemas de saúde durante toda a juventude, e a alegria dela era acompanhar os jogos do Palmeiras. Ele lamenta o que aconteceu e manda um recado aos torcedores de organizadas.

Nessa segunda-feira, a polícia civil de São Paulo prendeu e indiciou por homicídio doloso o torcedor do flamengo, Leonardo Felipe Xavier Santiago, de 26 anos. Ele é suspeito de ter lançado a garrafa que matou Gabriela. O delegado do Departamento de Operações Policiais Estratégicas, César Saad, falou sobre o caso.

No depoimento, Leonardo Santiago, que não tem registro anterior de passagem pela polícia, negou ter jogado uma garrafa e afirma que lançou pedras de gelo na direção dos outros torcedores.

A Justiça decretou a prisão preventiva do torcedor.