A indignação frente a letalidade policial no RJ ganhou força após casos recentes, como do adolescente Thiago Flausino, de 13 anos, morto durante uma ação da polícia na Cidade de Deus e da menina Eloá Passos, de 5 anos, atingida de forma fatal, enquanto brincava dentro de casa no Morro do Dendê.
Familiares de vítimas de violência policial de Estado fizeram um protesto pacífico, nesta quinta-feira (17), contra as operações policiais que deixam mortos e feridos nas periferias do Rio de Janeiro.
De acordo com o Instituto de Segurança Pública, somente entre janeiro e junho deste ano, quase 570 pessoas foram mortas por intervenção de agentes do estado. Isso representa cerca de 35% de todas as mortes provocadas no Rio de Janeiro.
Familiares de mais de 100 vítimas, feridas e mortas por policiais, compõe o grupo que convocou o protesto realizado em frente ao Palácio Guanabara, residência oficial do governador Cláudio Castro, em Laranjeiras, zona sul do Rio de Janeiro.
Uma das presentes foi a vereadora do PSOL, Mônica Cunha, que perdeu o filho, Rafael Cunha, morto pela Polícia Civil em 2006, aos 20 anos. Ela, que também é co-fundadora do Movimento Moleque, de resistência contra a violência no estado, argumenta que a voz dessas pessoas não será calada.
A indignação frente a letalidade policial no Rio de Janeiro ganhou força após casos recentes, como do adolescente Thiago Flausino, de 13 anos, morto durante uma ação da polícia na Cidade de Deus e da menina Eloá Passos, de 5 anos, atingida de forma fatal, enquanto brincava dentro de casa no Morro do Dendê, na Ilha do Governador.
A mobilização desta quinta-feira contou, também, com a presença de artistas, como o guitarrista dos Titãs, Tony Belloto, e os atores Nicola Siri e Malu Mader, que falou da importância do movimento que aderiu após a repercussão de casos recentes.
Os participantes levaram bolas, cartazes e caixões representando as vidas perdidas. O grupo gritou por justiça e fez desenhos com tinta vermelha no local. Logo depois, eles marcharam pela rua Paissandu e entoaram palavras de ordem.
Agência Brasil / Por Tatiana Alves - Repórter Rádio Nacional - Rio de Janeiro / Edição: Jacson Segundo / Alessandra Esteves - 17/08/2023 16:35:19. Última edição: 17/08/2023 16:35:19