A decisão veio depois que a pasta recebeu notificação do Ministério Público Federal questionando pontos do apoio anunciado. O documento foi enviado ao secretário executivo, Ricardo Capelli. Segundo o Ministério da Justiça, Capelli vai ao Rio de Janeiro dialogar com o Procurador da República responsável.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública suspendeu a ação conjunta das forças federais e das polícias do estado do Rio no Complexo de Favelas da Maré. A decisão veio depois que a pasta recebeu notificação do Ministério Público Federal questionando pontos do apoio anunciado.
O documento foi enviado ao secretário executivo, Ricardo Capelli. Segundo o Ministério da Justiça, Capelli vai ao Rio de Janeiro dialogar com o Procurador da República responsável.
Em nota, o Ministério da Justiça afirmou que os aspectos questionados ficarão suspensos até a realização da reunião. E que as ações que não foram objeto de questionamento pelo MPF serão mantidas, entre elas patrulhamento ostensivo nas rodovias federais; ações em portos e aeroportos; inteligência policial e investigações de quadrilhas; operações de polícia judiciária, com o cumprimento de mandados.
O procurador da República, Júlio José Araújo Júnior, considerou que a decisão do Ministério da Justiça de adiar as ações até que tudo seja esclarecido foi acertada.
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Especialistas em Segurança Pública também estão olhando com atenção para a proposta de atuação conjunta das forças federais e estaduais.
Daniel Hirata, coordenador do Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense, avalia que a união dos setores de inteligência parece promissora, mas defende que o trabalho foque nas bases econômicas e políticas dos grupos armados que atuam no estado.
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Eliana Sousa Silva, diretora da Redes da Maré, organização que atua há mais de 20 anos no complexo de favelas, afirma que as ações precisam acontecer dentro da legalidade tendo em vista o histórico de violações de direitos dos moradores em operações nas favelas.
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O ministério da Justiça disponibilizou 570 agentes, sendo 300 da Força Nacional e 270 da Polícia Rodoviária Federal, 50 viaturas e 22 blindados para atuar nas ações conjuntas no Rio. Também serão destinados R$ 95 milhões para presídios de segurança máxima no estado.
Agência Brasil / Por Fabiana Sampaio - repórter da Rádio Nacional - Rio de Janeiro / Edição: Jacson Segundo / Beatriz Albuquerque - 04/10/2023 21:55:17. Última edição: 04/10/2023 21:55:17