A implantação de câmeras nas fardas e viaturas do Batalhão de Operações Policiais Especiais, no Rio de Janeiro, vai ser acompanhada, de forma permanente, pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e Ministério Público Federal (MPF).
A decisão foi divulgada após audiência, nesta quinta-feira, com o governo do Rio de Janeiro, para tratar do cumprimento da decisão da Corte sobre a instalação dos equipamentos.
Em dezembro do ano passado, o ministro do STF Edson Fachin determinou que o governo do Rio apresentasse um cronograma para instalação dos aparelhos. A medida foi tomada após a decisão da Corte que obrigou a corporação a utilizar as câmeras nos uniformes para combater a falta de investigação da morte de cidadãos durante confrontos entre policiais e criminosos nas comunidades do estado.
Mas, o PSB, partido que entrou com a ação, informou durante a reunião que a determinação do Supremo não está sendo cumprida e há atraso na implantação do cronograma de implantação nas unidades policiais que registram maior letalidade.
Já o procurador estadual informou que os batalhões com maior incidência de letalidade já possuem câmeras corporais. E apresentou cronograma de compra dos equipamentos pelo governo local.
Em agosto de 2020, por causa da pandemia, o STF restringiu a realização de operações policiais no Rio. Pela decisão, as operações poderiam ser deflagradas somente em casos excepcionais. A medida foi tomada após a morte da menina Ágatha Vitória Sales Félix, de 8 anos, no Complexo do Alemão, em setembro de 2019.
Agência Brasil / Por Tatiana Alves - repórter da Rádio Nacional - Brasília / Edição: Leila Santos / Beatriz Albuquerque - 05/05/2023 12:50:18. Última edição: 05/05/2023 12:50:18