Bolsas de pesquisa terão reajuste de 25% a 200%
Serão investidos mais de R$ 2 bilhões em recursos dos ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia que serão repassados para a Capes e para o CNPq. Novos valores passam a valer a partir de março.
A iniciativa tem o objetivo de garantir que haja pelo menos uma pessoa trans por curso, observados os indicadores socioeconômicos e de vulnerabilidade social.
O acesso ao sistema educacional brasileiro é uma das principais pautas da população transgênero, formada por mulheres transexuais, homens transexuais e travestis. No Rio de Janeiro, uma medida pode ajudar nessa conquista.
A deputada estadual Dani Balbi protocolou, na Assembleia Legislativa, um projeto de lei que prevê cotas para trans e travestis nas universidades do Rio. A iniciativa já existe nos estados da Bahia e São Paulo, desde 2019, na Universidade Federal do ABC, a pioneira no país, e na Universidade Federal da Bahia.
No texto da proposta, Dani Balbi pede que 3% das vagas disponíveis na Uerj, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, e na Uenf, Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, sejam reservadas para pessoas transgênero.
A iniciativa tem o objetivo de garantir que haja pelo menos uma pessoa trans por curso, observados os indicadores socioeconômicos e de vulnerabilidade social.
A deputada Dani Balbi explica que a ideia surgiu a partir das demandas de movimentos sociais ligados a promoção da cidadania LGBTQIA+, que apontam grande vulnerabilidade vivenciada por essa parcela da população.
“Um dos pontos que ocasionam essa vulnerabilidade é a dificuldade que as pessoas trans e travestis têm de concluírem o sistema formal de ensino. Por essa razão a gente apresentando o projeto de reserva de vagas a gente cria não só expectativa nessa população para que conclua o ensino médio e ingresse na universidade, mas também muda a composição social da universidade que começa a acolher a diversidade”.
O projeto prevê que a reserva seja feita por meio de autodeclaração, como já ocorre em outras reservas de vagas. Mas também poderão ser exigidos outros meios de comprovação do reconhecimento público e publicidade da identidade de gênero declarada perante a sociedade, como declarações de terceiros ou de organizações da sociedade civil.
Agora, a proposta segue para tramitação em comissões da Assembleia e para discussões.
Segundo estudo da Unesp, Universidade Estadual Paulista, 0,7% da população brasileira é transgênero, contudo apenas 0,1% estuda em universidades.
Agência Brasil / Por Carolina Pessoa - Repórter da Rádio Nacional - Rio de Janeiro / Edição: Roberto Piza / Alessandra Esteves - 17/02/2023 21:45:02. Última edição: 17/02/2023 21:45:02
Tags: Cotas LGBTQIA+ Universidades
Serão investidos mais de R$ 2 bilhões em recursos dos ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia que serão repassados para a Capes e para o CNPq. Novos valores passam a valer a partir de março.
Ministro da Educação, Camilo Santana, disse que já foram feitos levantamentos onde estão e que tipo de obra será necessária. São cerca de 4 mil obras, algumas parada desde 2007.
Bahia, Paraíba, Goiás e Alagoas já receberam juntos mais de R$ 264 milhões da PNAB. Em 18 estados, nove da Região Nordeste, todos os municípios aderiram à PNAB.
Presidente do Inep, Manuel Palácios, ressalta que a principal fonte de dados sobre os estudantes no país é a ficha de matrícula, mas que "há muitos dados faltantes".