Ministro do STF condena Estado a indenizar vítima de bala perdida
Diante da falta de investigação sobre a morte, o Estado deve ser responsabilizado, decidiu Edson Fachin. Desde 2016 não há informações sobre a finalização do inquérito.
Não há previsão para retomada do julgamento
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu vista e suspendeu o julgamento de um recurso do Google para evitar a quebra de sigilo de pessoas que teriam buscado informações sobre a vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018.
O caso começou a ser julgado na semana passada no plenário virtual da Corte. Antes da interrupção provocada pelo pedido de vista, somente a relatora, ministra Rosa Weber, proferiu voto.
A defesa da plataforma recorreu ao Supremo após a Justiça determinar a identificação dos dados de um grupo indeterminado de pessoas que fizeram pesquisas sobre a vereadora dias antes do assassinato. A medida foi tomada na investigação que apura os mandantes do crime.
Ao analisar a questão, antes da aposentadoria, Rosa Weber destacou a importância da investigação, mas entendeu que quebra de sigilo indiscriminada é desproporcional e pode atingir até usuários comuns que procuraram informações sobre a morte da vereadora devido à repercussão na imprensa.
"Um número gigantesco de usuários não envolvidos em quaisquer atividades ilícitas, nos termos da decisão objurgada, teria seus sigilos afastados, a demonstrar indevida devassa e a sua absoluta desproporcionalidade em razão do excesso da medida", argumentou a ministra.
Não há previsão para retomada do julgamento.
Por André Richter - Repórter da Agência Brasil - Brasília / Edição: Fernando Fraga - 29/09/2023 20:25:12. Última edição: 29/09/2023 20:25:12
Tags: Stf Quebra De Sigilo Alexandre De Moraes Google Marielle Franco
Diante da falta de investigação sobre a morte, o Estado deve ser responsabilizado, decidiu Edson Fachin. Desde 2016 não há informações sobre a finalização do inquérito.
Em julgamento no plenário virtual, maioria dos ministros votou para declarar omissão do parlamento na regulamentação do benefício.
Segundo a Polícia Federal, mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, e as investigações sobre ataque ao perfil de Janja estão em andamento.
Parlamentares terão prazo de 18 meses para regulamentar licença-paternidade. Se a norma não for aprovada, benefício seguirá regras da licença-maternidade, que é de 120 dias.