Justiça

STF condena ex-presidente Collor por corrupção e lavagem de dinheiro

Defesa de Collor alega que não há provas que o incriminem

Por 6 votos a 1, o Supremo Tribunal Federal formou maioria, nesta quinta-feira (18), para condenar o ex-presidente e ex-senador Fernando Collor de Mello pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso da BR Distribuidora, uma subsidiária da Petrobrás.

O relator da ação, ministro Edson Fachin, defendeu a pena de 33 anos e 10 meses de prisão e pagamento de R$ 20 milhões por danos morais coletivos. O ministro considerou que Collor foi responsável por indicações políticas para a BR Distribuidora, e, assim, facilitou contratações com empreiteiras em troca de propina. O caso foi investigado pela Operação Lava-Jato.  

Acompanharam o voto do relator os ministros Alexandre de Moraes, André Mendonça, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Cármen Lúcia. O único a divergir o voto foi Nunes Marques, que pediu a absolvição do ex-presidente. Para o ministro, não ficou comprovado que Collor tenha se beneficiado de desvios na empresa. Os crimes teriam ocorrido entre 2010 e 2014. 

O advogado de Collor, Marcelo Bessa pediu a absolvição de seu cliente. E disse que as acusações do Ministério Público estão baseadas apenas em depoimentos de delação premiada e não foram apresentadas provas para incriminar o ex-senador. 

Bessa também negou que o ex-parlamentar tenha sido responsável pela indicação de diretores da empresa. Segundo o advogado, os delatores acusaram Collor com base em comentários de terceiros.

Agência Brasil / Por Raquel Mariano - Repórter da Rádio Nacional - Brasília / Edição: Sheily Noleto - 18/05/2023 20:50:04. Última edição: 18/05/2023 20:50:04

Tags: Stf Fernando Collor Condenação

Leia também:

Fundo Amazônia pode liberar R$ 1 bi para ampliar segurança na região

Fundo Amazônia pode liberar R$ 1 bi para ampliar segurança na região

Na Amazônia Legal, segundo a Polícia Federal, houve redução de 35,61% no desmatamento do corte raso na comparação entre janeiro a abril de 2023 com o mesmo período de 2022.

Justiça mantém prisão preventiva de suspeito de balear líder indígena

Segundo uma testemunha, na véspera da ocorrência, Lúcio Tembé discutiu com o suspeito Juscelino Ramos Dias, por este vender drogas na aldeia Ture-Mariquita, localizada no município de Tomé-Açu.

PF cumpre quatro mandados na investigação de ataque hacker a Janja

PF cumpre quatro mandados na investigação de ataque hacker a Janja

Segundo a Polícia Federal, mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, e as investigações sobre ataque ao perfil de Janja estão em andamento.

STF tem 2 votos por regulamentação da licença-paternidade no Congresso

STF tem 2 votos por regulamentação da licença-paternidade no Congresso

Parlamentares terão prazo de 18 meses para regulamentar licença-paternidade. Se a norma não for aprovada, benefício seguirá regras da licença-maternidade, que é de 120 dias.

Este site usa cookies para fornecer serviços e analisar o tráfego. Saiba mais. Ok, entendi