O vereador Sandro Fanitel fez discurso, aconselhando empresários a “não contratarem mais aquela gente lá de cima”, fazendo referência ao estado do Nordeste, e os definiu como “um povo que vive na praia tocando o tambor” e “acostumado com carnaval e festa”.
A Câmara de Vereadores de Caxias do Sul aceitou os pedidos de cassação feito pelas Defensorias Públicas Estaduais do Rio Grande do Sul e da Bahia contra o vereador Sandro Fantinel, que agora está sem partido. Isso por que na terça-feira ele fez falas preconceituosas contra baianos durante discurso a empresários na tribuna da Câmara de Vereadores.
Uma comissão de três vereadores foi criada para avaliar a cassação. Eles têm 90 dias para anunciar a decisão.
Em seu discurso, o vereador aconselhou os empresários a “não contratarem mais aquela gente lá de cima”, fazendo referência ao estado do Nordeste, e os definiu como “um povo que vive na praia tocando o tambor” e “acostumado com carnaval e festa”.
A declaração veio após mais de 200 trabalhadores que enfrentavam condições de trabalho semelhantes à escravidão serem resgatados em Bento Gonçalves. Eles foram contratados pela Fênix Serviços Administrativos, que oferecia a mão de obra para as vinícolas Aurora, Cooperativa Garibaldi e Salton.
O Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Sul abriu investigação contra o vereador por apologia ao trabalho escravo.
*Com supervisão de Jacson Segundo.
Agência Brasil / Por Eduardo Cupertino - Estagiário Rádio Nacional * - Brasília / Edição: Jacson Segundo / Alessandra Esteves - 02/03/2023 19:00:04. Última edição: 02/03/2023 19:00:04
Tags: Cassação Vereador Caxias Do Sul Xenofobia
Vereador Sandro Fantinel (sem partido) defendeu que produtores de vinho e uva não contratem trabalhadores nordestinos. Ele fez a declaração após o resgate de mais de 200 pessoas, a maioria vinda da Bahia, em condições análogas ao trabalho escravo em vinícolas de Bento Gonçalves (RS).
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