Política

Mais de 3,8 mi de votos foram para candidatos com pendências judiciais

Candidatos aguardam julgamento de recurso

No primeiro turno das eleições, realizada no último domingo (2), mais de 3,8 milhões de votos foram dados pelos eleitores brasileiros a candidatos ainda sem registro de candidatura deferido pela Justiça Eleitoral.

Mais de 3,8 mi de votos foram para candidatos com pendências judiciais
© Antonio Augusto/Ascom/TSE

Esses candidatos apareceram sub judice nos sistemas eleitorais, o que significa que, apesar de terem o nome na urna, suas candidaturas encontram-se ainda pendentes de alguma decisão judicial.

É o caso, por exemplo, do candidato Daniel Silveira (PTB-RJ), que disputou uma vaga ao senado pelo Rio de Janeiro e recebeu mais de 1,5 milhão de votos, ficando em terceiro lugar. Ele teve o registro negado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), mas ainda aguarda julgamento de recurso.

Pelas regras eleitorais, todos os votos dados a candidatos sub judice ficam numa espécie de suspensão, ao aguardo da decisão definitiva da Justiça Eleitoral sobre a concessão ou não do registro da candidatura.

O votos sub judice são considerados para o cálculo dos percentuais na divulgação dos resultados, mas não entram, por exemplo, na conta feita pela Justiça Eleitoral para calcular quantas cadeiras caberá a cada partido na Câmara dos Deputados e nas assembleias estaduais, o chamado quociente partidário.

Somente se o candidato vier a ter o registro deferido em decisão definitiva, seus votos passam a ser válidos, contando tanto para ele como para a contabilidade do quociente partidário, no caso das eleições para deputado federal e estadual ou distrital.

Porém, se o registro for negado em definitivo, tais votos ficam permanentemente nulos, sendo retirados inclusive da contabilização final da eleição, o que pode alterar os percentuais dos votos válidos recebidos pelos eleitos.

Segundo os dados da Justiça Eleitoral, das 26.979 candidaturas que apareceram nas urnas eletrônicas, 653 tiveram o registro negado num primeiro momento e aguardam o julgamento de recursos.

Outras 63 tiveram o registro deferido, mas ainda aguardam o julgamento de recursos do Ministério Público Eleitoral (MPE) ou de adversários contra suas candidaturas.

A situação atualizada de todas as candidaturas podem ser conferidas no DivulgaCand, portal oficial de divulgação criado pelo TSE.

Por Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil - Brasília / Edição: Valéria Aguiar - 07/10/2022 16:07:32. Última edição: 07/10/2022 16:07:32

Tags: Primeiro Turno Eleições 2022 TRE-RJ Pendências Judiciais Justiça Eleitoral

Leia também:

Piso Nacional da Enfermagem será analisado pela Câmara dos Deputados

Proposta foi sancionada em agosto, mas o pagamento foi suspenso por maioria do Supremo Tribunal Federal. O STF argumentou que não foi prevista a fonte de recursos para o piso dessas categorias.

Confira como estão as alianças de Lula e Bolsonaro para o 2º turno

Confira como estão as alianças de Lula e Bolsonaro para o 2º turno

Três dias após o primeiro turno das eleições gerais, mais um governador anunciou, formalmente, apoio ao Presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição. Ibaneis Rocha, do MDB, reeleito no primeiro turno para governador do Distrito Federal, garantiu que vai trabalhar, inclusive nas ruas, pela reeleição de Bolsonaro. A declaração foi dada nesta quarta-feira (05), depois que Ibaneis se encontrou com o presidente Bolsonaro, no Palácio da Alvorada, em Brasília. Jair Bolsonaro agradeceu o apoio e disse que a parceria já existia, desde a gestão de ambos.

Comissão do Senado aprova Dino para o STF e Gonet para a PGR

Comissão do Senado aprova Dino para o STF e Gonet para a PGR

Para serem aprovados em definitivo, ambos precisam obter ao menos 41 votos entre os 81 senadores. Sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado durou mais de 10 horas.

Flávio Dino opina sobre mandato no STF e regulação de redes sociais

Flávio Dino opina sobre mandato no STF e regulação de redes sociais

Projeto de lei de autoria do ex-juiz apresentado em 2009 defende permanência de 11 anos dos ministros da Suprema Corte.

Este site usa cookies para fornecer serviços e analisar o tráfego. Saiba mais. Ok, entendi