O julgamento da revisão do FGTS realizado no Supremo Tribunal Federal (STF) foi suspenso nesta quinta-feira (27) com o pedido de vista do ministro Nunes Marques.
Ao pedir mais tempo para analisar o processo, o magistrado argumentou, entre outros pontos, sobre um eventual déficit que a União enfrentaria caso seja obrigada a complementar esses depósitos.
Iniciado na semana passada, o julgamento sobre a revisão do FGTS é fruto de uma ação direta de inconstitucionalidade que questiona a correção do valor pela Taxa Referencial (TR). Atualmente, essa taxa está em 0,08%.
O ministro Luís Roberto Barroso, relator da ação, defende que o índice de correção do FGTS não pode ser inferior ao da poupança, que está rendendo 0,5% por mês. André Mendonça acompanhou o voto do relator na primeira sessão plenária sobre o tema.
O advogado Camilo Caldas, ouvido pela reportagem para comentar o julgamento afirma que, caso a decisão aumente o rendimento, haverá ganhos significativos para os trabalhadores.
Vale destacar que Barroso considera que a decisão deve ter efeitos a partir da publicação desse processo. E que eventuais perdas comprovadas antes dessa data devem ser negociadas via Congresso ou por acordo de entidades dos trabalhadores com o governo federal.
O placar, então, permanece com 2 votos a 0 para aumentar ganhos dos trabalhadores.
Agência Brasil / Por Daniella Longuinho / Repórter da Rádio Nacional - Brasília / Edição: Raquel Mariano / Pedro Lacerda - 27/04/2023 19:50:05. Última edição: 27/04/2023 19:50:05