Apib pede à PGR investigação sobre omissão na situação dos yanomami
Articulação dos Povos Indígenas defende que ex-presidente Bolsonaro, ex-ministra Damares Alves e ex-diretores da Funai respondam por genocídio e improbidade administrativa.
Pedido inicial foi feito em 2021 por Luís Roberto Barroso
O Ministério Público Federal (MPF) reiterou hoje (26) ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido para desintrusão de sete terras indígenas, entre elas, a Terra Indígena Yanomami, em Roraima.
© Divulgação TV Brasil
O pedido de reiteração foi protocolado na ação na qual o ministro Luís Roberto Barroso determinou em 2021 a retirada de invasores dos territórios, como garimpeiros e madeireiros que atuam ilegalmente nas regiões.
No documento, a subprocuradora Eliana Peres Torelly afirma que a divulgação de imagens da desnutrição dos yanomami somam-se à situação de descumprimento de decisões do STF que determinaram a retirada de invasores dos territórios Karipuna, Uru-Eu-Wau-Wau, Kayapó, Araribóia, Mundurucu, Trincheira Bacajá e Yanomami.
De acordo com a subprocuradora, laudos mostram que a retirada dos invasores não foi cumprida.
“Os documentos reforçam o não cumprimento integral das desintrusão nas terras indígenas”, diz Torelly.
Mais cedo, o Supremo informou que foram detectados indícios de descumprimento de determinações da Corte e do envio de informações falsas envolvendo a situação da população indígena yanomami no mesmo processo.
A crise que afeta as comunidades da Terra Indígena Yanomami levou o governo federal a decretar Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional para combate à desassistência sanitária dos povos que vivem na região. A portaria foi publicada na noite da última sexta-feira (20) em edição extra do Diário Oficial da União. No sábado (21), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros de Estado visitaram Roraima para acompanhar a situação dos indígenas.
Por André Richter - Repórter da Agência Brasil - Brasília / Edição: Aline Leal - 26/01/2023 21:05:25. Última edição: 26/01/2023 21:05:25
Articulação dos Povos Indígenas defende que ex-presidente Bolsonaro, ex-ministra Damares Alves e ex-diretores da Funai respondam por genocídio e improbidade administrativa.
Segundo o Supremo Tribunal Federal, após a identificação dos responsáveis, haverá abertura de processo para punição.
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