Justiça

Rio: grupo de trabalho deverá propor medidas de paz nos estádios

Objetivo é garantir segurança dos torcedores dentro e fora dos campos

O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) promoveu nessa quarta-feira (23) a primeira reunião do projeto Arenas Seguras. O objetivo foi discutir estratégias para proporcionar mais segurança aos torcedores dentro e fora dos estádios.

Rio: grupo de trabalho deverá propor medidas de paz nos estádios

Coordenada pelo desembargador Mauro Pereira Martins, membro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a proposta de criação de um grupo de trabalho, de âmbito nacional, será apresentada à presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber. “A partir daí, nós vamos estudar medidas para avançar na segurança nos estádios. O fundamental é que a lei seja cumprida”.

A preocupação maior, de acordo com o desembargador, ocorreu após a morte da torcedora do Palmeiras, de 21 anos, atingida por cacos de vidro no pescoço. Segundo ele “foi uma verdadeira tragédia e é necessário que se tome medidas efetivas para a paz nos estádios”.

Será avaliada a possibilidade de utilização de controle biométrico e facial para monitoramento e fiscalização do acesso aos espetáculos esportivos. Serão convidados a participar do grupo de trabalho profissionais como juízes, promotores, policiais, jornalistas que tenham alguma participação em eventos esportivos.

“Não se pode calar a expressão de grandes paixões, sucumbida por causa da violência de alguns bárbaros. Portanto, é inadmissível que uma torcida apaixonada pelo seu time seja impedida de frequentar um estádio por causa da ação de infratores mal-intencionados. Ações violentas não podem zombar da alegria de um torcedor que já enfrenta muitas crises no seu dia a dia. Por isso, o TJRJ e o CNJ estão aliados para dar tranquilidade ao torcedor do Rio de Janeiro”, disse o presidente do Tribunal de Justiça do Rio, desembargador Ricardo Cardozo.

O desembargador Mauro Martins afirmou que a ideia do CNJ é buscar novos caminhos e soluções para tornar os estádios e eventos esportivos mais seguros para a população. “A violência no entorno do futebol, tem ocorrido numa preocupante escalada, traduzindo-se em problema de alcance nacional e atingindo, indiscriminadamente, homens, mulheres, jovens e crianças, que frequentam estádios por todo o país. Nesse contexto, o CNJ passou a se debruçar sobre a questão, refletindo sobre caminhos que tornem o ambiente mais seguro para o torcedor comparecer, com sua família, a um estádio de futebol", disse o conselheiro do CNJ.

Por Douglas Corrêa - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro / Edição: Graça Adjuto - 24/08/2023 10:30:35. Última edição: 24/08/2023 10:30:35

Tags: Justiça Rio De Janeiro Grupo De Trabalho Segurança Estádios Violência

Leia também:

STF: mecanismo do juiz de garantias deve ser instalado em até 1 ano

STF: mecanismo do juiz de garantias deve ser instalado em até 1 ano

A adoção do juiz das garantias estava prevista para entrar em vigor no dia 23 de janeiro de 2020, no entanto, foi suspensa por liminar do ministro Luiz Fux, relator do caso. Agora, o Supremo julgou o caso definitivamente.

Moraes suspende ações de acusados dos atos golpistas e STF explica

Moraes suspende ações de acusados dos atos golpistas e STF explica

Alexandre de Morais suspendeu por 120 dias a tramitação das ações penais para esses acusados. O STF esclarece que a suspensão é apenas para quem teve participação secundária nos atos. Quem participou diretamente da invasão e da depredação dos prédios públicos não poderá firmar acordos deste tipo.

PF cumpre quatro mandados na investigação de ataque hacker a Janja

PF cumpre quatro mandados na investigação de ataque hacker a Janja

Segundo a Polícia Federal, mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, e as investigações sobre ataque ao perfil de Janja estão em andamento.

STF tem 2 votos por regulamentação da licença-paternidade no Congresso

STF tem 2 votos por regulamentação da licença-paternidade no Congresso

Parlamentares terão prazo de 18 meses para regulamentar licença-paternidade. Se a norma não for aprovada, benefício seguirá regras da licença-maternidade, que é de 120 dias.

Este site usa cookies para fornecer serviços e analisar o tráfego. Saiba mais. Ok, entendi