Para Haddad, sem orçamento secreto relação com Legislativo pode mudar
Para o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a derrubada do orçamento secreto pode significar um novo relacionamento entre o governo e o Congresso Nacional.
Mesmo com decisão do ministro do STF, Gilmar Mendes, que coloca parte do Bolsa Família fora do Teto de Gastos, o governo de transição vai continuar focado na aprovação da PEC que trata do assunto, disse o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Mesmo com decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, que coloca parte do futuro Bolsa Família fora do teto de gastos, o governo de transição vai continuar focado na aprovação da PEC que trata do assunto. É o que disse o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta segunda-feira (19), em Brasília. Ele afirma que a equipe vai optar por continuar o diálogo, no parlamento.
A proposta, já aprovada no Senado, deve ser votada nesta terça-feira (20), na Câmara Federal. Enquanto a transição negocia a aprovação, Gilmar Mendes determinou, nesse domingo, que o futuro Bolsa Família está fora do teto de gastos. Segundo a decisão, o valor pago às famílias beneficiárias, poderá ser garantido pela abertura de crédito extraordinário.
A decisão atende ao pedido do partido Rede Sustentabilidade e, segundo o magistrado, “interessa a parcela significativa da sociedade”, na “garantia de direitos sociais fundamentais pertencentes” à população em situação de pobreza e extrema pobreza. Parlamentar da legenda, o Senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) comemorou a decisão, nas redes sociais. Segundo ele, é “uma vitória contra a fome e a favor da dignidade” dos brasileiros.
Gilmar Mendes mencionou, na decisão, que o Auxílio Brasil, programa criado pelo atual governo para substituir o antigo Bolsa Família, não contempla todas as medidas de transferência de renda e que, com isso, promoveu o desmonte de políticas públicas de combate à pobreza já existentes.
Ao pedir a medida ao STF, o Rede Sustentabilidade alegou que o orçamento previsto para o ano que vem prevê o custeio do futuro Bolsa Família, para R$ 400 reais, uma redução superior a 30% dos atuais R$ 600. Esse é o motivo que levou o governo de transição a criar a PEC que tirava o programa do teto de gastos, por quatro anos. No entanto, a medida aprovada no Senado vale por dois anos e amplia o teto de gastos. Agora está na mão dos deputados federais.
Agência Brasil / Por Sayonara Moreno - Repórter da Rádio Nacional - Brasília / Edição: Jacson Segundo / Guilherme Strozi - 19/12/2022 17:05:05. Última edição: 19/12/2022 17:05:05
Tags: Transição Bolsa Família Teto De Gastos Gilmar Mendes Haddad
Para o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a derrubada do orçamento secreto pode significar um novo relacionamento entre o governo e o Congresso Nacional.
Com placar apertado, o Supremo Tribunal Federal considerou o orçamento secreto incompatível com a Constituição Federal. Foram 6 votos pela derrubada das emendas de relator contra 5. O julgamento acabou nesta segunda-feira. Só faltavam dois votos. O primeiro foi o do ministro Ricardo Lewandowski, que acompanhou a presidente do STF, ministra Rosa Weber, relatora da matéria, que considerou as emendas de relator inconstitucionais. Lewandowski tratou da resolução aprovada no Congresso Nacional na última sexta-feira.
Para serem aprovados em definitivo, ambos precisam obter ao menos 41 votos entre os 81 senadores. Sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado durou mais de 10 horas.
Projeto de lei de autoria do ex-juiz apresentado em 2009 defende permanência de 11 anos dos ministros da Suprema Corte.