PGR defende anulação de indenização de Deltan a Lula por powerpoint
No parecer, subprocurador Wagner Natal Batista entendeu que condenação deve ser anulada por violar jurisprudência sobre a responsabilização de agentes públicos.
Deputados acusaram o colega de transfobia por fala no Dia da Mulher
A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou nesta sexta-feira (26) um parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a abertura de inquérito tendo como alvo o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG).
© Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
O caso chegou ao Supremo após associações representativas da comunidade LGBTQIA+ e 14 parlamentares acusarem o deputado (https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/geral/audio/2023-03/parlamentares-vao-pedir-cassacao-de-nikolas-apos-fala-transfobica) de ter cometido crime de transfobia em discurso proferido da tribuna da Câmara no Dia Internacional da Mulher.
No documento, a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, afirmou que as declarações estão cobertas pela imunidade parlamentar.
“Em outras palavras, em decorrência da imunidade parlamentar, as declarações proferidas pelo congressista – feitas no recinto parlamentar e relacionadas ao exercício do cargo eletivo exercido pelo congressista – estão cobertas pela imunidade prevista no artigo 53, caput, da Constituição Federal”, afirmou.
No dia 8 de março, Nikolas Ferreira vestiu uma peruca amarela e disse que “se sentia uma mulher” e que “as mulheres estão perdendo seu espaço para homens que se sentem mulheres”.
Para entidades e parlamentares, a fala do deputado promoveu discurso de ódio por associar uma mulher transexual a “uma ameaça que precisa ser combatida, uma alusão a um suposto perigo que não existe”.
Outro argumento é que o parlamentar publicou o vídeo do discurso em suas redes sociais, com a inclusão de fotos de mulheres trans, o que foge à imunidade parlamentar.
Após o episódio, pelas redes sociais, Nikolas Ferreira negou que sua fala tenha sido transfóbica. “Defendi o direito das mulheres de não perderem seu espaço nos esportes para trans - visto a diferença biológica - e de não ter um homem no banheiro feminino. Não há transfobia em minha fala. Elucidei o exemplo com uma peruca (chocante). O que passar disso é histeria e narrativa”, concluiu.
As ações são relatadas pelo ministro André Mendonça. Não há data para o julgamento definitivo.
Por André Richter - Repórter da Agência Brasil - Brasília / Edição: Marcelo Brandão - 26/05/2023 19:15:15. Última edição: 26/05/2023 19:15:15
Tags: Nikolas Ferreira PGR Stf Supremo Tribunal Federal
No parecer, subprocurador Wagner Natal Batista entendeu que condenação deve ser anulada por violar jurisprudência sobre a responsabilização de agentes públicos.
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